terça-feira, 9 de agosto de 2011

A “Compreensão e a Bondade” De Alguns Espíritas

O presente artigo a seguir foi concebido originalmente na forma de um tópico postado na comunidade Espiritismo, do Orkut, em meados de 2010, logo após um debate em outra comunidade também de nome Espiritismo, em que os membros da mesma apresentaram comportamento que são retratados no texto não apenas comigo mas como com outras pessoas que apresentavam visões diferentes das deles em diversos outros temas.

 Após eu ter postado o tópico na primeira Espiritismo, o texto foi elogiado por muitos e republicado em outras comunidades tais como a Eu Sou Espírita-Espiritismo, a Espíritas do Brasil e na Espiritismo Com Profundidade.

O artigo original é o seguinte (em azul):

Interessante notar, e imprescindível reconhecer como alguns espíritas são contraditórios em suas posições, pois muitos querem aparentar uma santidade que, em verdade, não possuem, em relação a pessoas estranhas ao espiritismo, mas perante outros espíritas não demonstram a mesma compreensão e bondade que alardeiam serem necessárias.

Nos casos recentes do casal Nardoni e do goleiro Bruno, ambos os casos envolvendo crimes de homicídio com requintes de crueldade, alguns espíritas, se manifestaram no sentido do “não julgueis” aos acusados e em um velho jargão do “oremos pelos assassinos”. Até aí, tudo estaria bem e no pleno direito de liberdade de opinião, que assiste a todos, porém esse mesmo direito não se verifica quando outros espíritas, indignados com a barbaridade dos crimes, advogaram a punição exemplar dos culpados e foram desrespeitados por aqueles primeiros no direito de opinar diferentemente deles. 

Mas, o que chama a atenção é uma postura até hipócrita desses alguns espíritas que defendem o “não julgar” e o “oremos por eles”, pois não observam os próprios conselhos quando se apressam em julgar os espíritas ortodoxos quando estes criticam ou questionam algum posicionamento de Emmanuel e André Luiz. Onde está o discurso do “não julgueis”? Só vale para fazer papel de bonzinho perante quem não os conhece, mas para não julgar os ortodoxos não vale? Onde está a mesma compreensão e bondade desses alguns espíritas em relação a outros espíritas que “ousam” pensar diferente e fora do quadrado dos primeiros?

E essa postura, desses alguns espíritas vai até mesmo contra o que eles mesmo pregam, pois repetem ensinamentos de Jesus – que conhecem apenas na superfície e não em profundidade – pois, o mesmo diz “seja o vosso falar, sim sim, não não”. Incoerente, não?

Em relação aos envolvidos em crimes hediondos, dizem:
"Sejamos tolerantes com eles, meus irmãos!!! Não podemos faltar com a caridade a eles. Precisamos aprender a entender essas coisas. Lembre que Jesus ensinou-nos a amar os nossos inimigos!"

Engraçado, devemos amar os nossos inimigos, mas sermos rigorosos e cruéis com os próprios espíritas. Onde está o bom senso?

Agora, vejamos o outro lado:

Quando um outro espírita simplesmente questiona que a existência de colônias ou algo que Emmanuel ou André Luiz falaram, aí aparecem outros espíritas com todos os mísseis contra ele, atacando-o de forma implacável, chamando-o de louco, herege discriminando-o, incentivando os outros a se afastarem dele, como se fosse praticante de crime hediondo, só por pensar diferente.

Se você, que é um dos elementos que constituem esse universo de contradição espírita, quiser contra argumentar, alegando que eu estou dando o exemplo da agressão aqui, reflita também, porque eu, pelo menos, não ando me dizendo puro, doutrinariamente perfeito, praticante de falas mansas, do "Muita Paz, meu irmão" e de toda essa postura "santificada" que alguns tentam se mostrar. Muito pelo contrário, identifico-me para todos como eu realmente sou. Então eu posso falar o que quero.

Quem não pode é o espírita que se acha o máximo conhecedor da Doutrina, o defensor da pureza, da moralidade, da decência e da coerência, porque, se for puro mesmo, verdadeiramente, deve ser o primeiro a dar o exemplo.

Quem é puro, não ataca ninguém, não critica ninguém, não aponta dedo sujo para ninguém e para concluir repito: podem achar a vontade que se deva não julgar e orar pelos criminosos, mas respeitem o direito dos outros de pensarem diferentemente, mas uma sanha doentia contra os ortodoxos, em que sobram incompreensão, acusações e julgamentos em tópicos repetitivos sobre e contra eles é falta do que fazer e uma tremenda falta de coerência com o que alguns espíritas fazem em relação a tão apregoada caridade que eles mesmos dizem ter e ser tão necessária, pois fora dela não há salvação. 

Então, se não são compreensivos, bondosos e sobretudo caridosos, para com opiniões diferentes de outros espíritas, não estão “salvos”.

Um dos comentários feitos, concordante com o exposto no tópico, foi o seguinte: "É doentio e vergonhoso os ataques a qualquer ideia ortodoxa,ou seja qualquer ideia que seja contraria a opinião de que a DOUTRINA espirita seja uma religião.

Eu acho que a base fundamental é isso.Como PREGAM que o Espiritismo seja religião,tendem a se manifestar como "santos irmãos" no trato com quem principalmente vem pedir ajuda,adoram postar mensagens de lição de moral,dizem que defendem uma "postura moralmente correta",mas não se asseguram atraves do exemplo,mas sim do "faça o que eu digo mas não o que eu faço"....

combatem pessoas(que nem conhecem) E comunidades,alegando que essas pessoas "não são espiritas",mas é tão contraditório,pq pregam uma religião UNA, ou seja: combatem os espiritas,dizendo que não são espiritas "verdadeiros",pq não são cristãos,mas pregam pelos quatro cantos orkuticos de que "a nossa religião é para todos".(hã?)

é muita incoerencia...

resumindo está  tudo nessa tua frase:

"Engraçado, devemos amar os nossos inimigos, mas sermos rigorosos e cruéis com os próprios espíritas. Onde está o bom senso?"

pois é amigo,onde esta o BOM SENSO?...eu acho que esse tal bom senso está doente ou inesiste na maioria dessas pessoas"


Outro comentário feito foi: Essa coisa de não "julgar" criminosos me parece muito mais uma total falta de sensibilidade perante as injustiças e as inferioridades humanas do que propriamente um ato de bondade ou coisa do tipo.

Os homens bons jamais deixam de sentir repulsa pelo crime.


Infelizmente, os espíritas, ditos cristãos, que na maioria deles idolatram médiuns e espíritos, principalmente se tem renomes, perderam o hábito de debaterem com profundidade, com bom senso e ficaram apenas na superficialidade e não admitem terem seus pontos de vistas questionados, e passaram a ver todos os ortodoxos como vilões a serem combatidos. E eles que agem dessa maneira, como guardiões implacaveis contra a ortodoxia, é que são bons e compreensivo. . 

Deus me livre  de ser bom e compreensivo como eles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário